Crise e incerteza marcam o futuro político de Cláudio Castro no Rio de Janeiro


O cenário político do Rio de Janeiro para as eleições de 2026 começa a ganhar contornos de crise e disputa interna no campo conservador. O governador Cláudio Castro, que sinaliza intenção de concorrer ao Senado, enfrenta resistências dentro do seu próprio campo político. A principal delas vem do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem manifestado preferência pelo nome de Tostes Cavalcante para representar a direita fluminense na corrida senatorial.

A situação gera um impasse estratégico. Castro, atualmente filiado ao PL, esperava contar com o apoio direto de Bolsonaro para viabilizar sua candidatura, sobretudo entre o eleitorado mais fiel ao ex-presidente. No entanto, o favoritismo de Tostes dentro do bolsonarismo coloca em xeque os planos do governador, que passa a enfrentar um dilema: manter-se no jogo mesmo sem o endosso de Bolsonaro ou recuar para preservar alianças e seu capital político.

Aliados próximos de Castro avaliam que a falta de apoio explícito do ex-presidente pode enfraquecê-lo nas bases bolsonaristas e comprometer seu desempenho nas urnas. Por outro lado, interlocutores de Bolsonaro afirmam que a escolha por Tostes Cavalcante se deve à sua lealdade e alinhamento ideológico mais direto com as pautas defendidas pelo ex-presidente.

Com a fragmentação visível no grupo de direita no Rio de Janeiro, o quadro eleitoral para o Senado em 2026 se desenha instável e imprevisível. E, enquanto Cláudio Castro tenta se manter como uma liderança relevante no Estado, a tensão interna revela uma disputa que pode redesenhar a composição das forças conservadoras no Estado.



 

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